quarta feira dia 12 de maio de 2010
Um desconforto que ninguém gosta de ter: a dor de cabeça. E existe um tipo específico dessa dor, que muita gente diz ser ainda pior: a enxaqueca. Em alguns casos, a doença impede a pessoa até de trabalhar.
É difícil dizer quando o problema começou, mas a enxaqueca já estava atrapalhando a vida da administradora Fernanda Neiva. “Quando tinha crise não conseguia estudar, trabalhar, nem mesmo ter lazer. Se concentrar é muito difícil quando se está em crise, pois a pessoa precisa de muita tranquilidade”, disse.
A dor começava quando Fernanda tomava alguns tipos de bebida, principalmente as que têm cafeína. Há três meses ela começou um tratamento. Eliminou algumas substâncias da alimentação e hoje pode levar uma vida mais tranquila. “Agora, eu tenho só uma crise por mês”, falou.
As crises fortes começaram quando o médico Onildo Mendonça Melo Júnior ainda era estudante, aos 18 anos. “As crises levam as pessoas a ter náuseas, vômitos, faíscas nos olhos. Nessas horas a gente se isola, quer um canto escuro para se afastar da luminosidade”, contou.
As dores começavam sempre que ele passava da hora de dormir ou comer e chegou a um ponto que os remédios pararam de fazer efeito. Depois de passar por especialistas de diferentes áreas, ele encontrou o melhor tratamento na acupuntura. “Foi um marco. Agora eu tenho uma vida normal, como qualquer outra pessoa. Dificilmente tenho enxaqueca”, contou.
A enxaqueca é uma doença na qual a dor de cabeça é apenas um sintoma. “Cerca de 20% das pessoas que têm enxaqueca apresentam também alteração visual, dormência e tontura. A dor mais forte é também associada à intolerância ao exercício, náusea, vômitos e alteração do humor”, explicou o médico Pedro Sampaio.
A enxaqueca pode ser uma doença crônica, quando a dor de cabeça é diária. “Aproximadamente 7% da população brasileira, caracterizando um problema de saúde pública”, disse o médico.
Ele lembra que as crianças também têm dor de cabeça intensa. “Nesse caso, os pais precisam prestar atenção nos sintomas. Um dos primeiros sinais é a queda no rendimento escolar”, contou.
De acordo com o médico, o primeiro passo é identificar o que desencadeia a dor de cabeça no paciente, já que cada caso é específico. “Para alguns, a dor de cabeça é resultado do estresse, para outros é consumo de certos tipos de alimento, por exemplo. O importante é que as pessoas não se automediquem, pois estarão tratando apenas a dor e não a doença, que tende até aumentar desta forma, falou.
Postado Por Luciano Silva
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